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Data de publicação:
21 dez 2020

Da autoria de Ana Oliveira, artista do concelho de Ourém, com mestrado em escultura pelas belas artes de Lisboa e com um vasto curriculo de exposiçoes colectivas e individuais, estando actualmente representada em coleçoes privadas na Europa, Asia, Austrália e América, a pintura retrata aquele que é “um dos maiores símbolos patrimoniais do nosso concelho e que deve ser valorizado”, referiu João Moura, presidente da AMO na última sessão deste órgão.
Esta iniciativa, insere-se mais uma vez na política de proximidade com os cidadãos, mas também na “valorização do que é nosso, neste caso na valorização dos nossos artistas. Temos no nosso concelho, artistas com um potencial enorme e é nossa intenção convidá-los a apresentarem trabalhos sobre a nossa vivência e o nosso património. O original ficará exposto neste Edifício e iremos oferecer a todos os membros da Assembleia Municipal e ao Executivo Municipal uma litografia da pintura".
Sobre o Edifício dos Paços do Concelho
A construção do Edifício dos Paços do Concelho data do século XIX, pelo que na ata da sessão de 27 de janeiro de 1858 foi apresentada uma “proposta no sentido de a Câmara informar quanto se pode contar em carros, réis e braços no ano de 1858, tendo em vista avançar com um edifício para a Câmara, Administração do concelho, Casa de Audiências, Cadeia, etc.” Na ata da sessão de 10 de maio de 1876: “O presidente felicitou-se, juntamente com os vereadores, por se acharem reunidos pela primeira vez na nova Casa das Sessões Camarárias, esperando-se que tal facto inaugurasse uma época de prosperidade.” 1873 é a data incisa no escudo existente no tímpano do frontão, coincidente com os procedimentos documentados sobre o início da construção.
O edifício funcionou como Paços do Concelho até 2009 e neste momento acolhe as sessões da Assembleia Municipal de Ourém, a “Casa da Democracia do Poder Local”, como referiu Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República de Portugal.
A sua arquitetura sóbria, com fachada rematada por balaustrada e com um frontão coroado com um campanário, torna-o imóvel patrimonial emblemático do núcleo urbano da antiga Vila Nova de Ourém.
Foi neste edifício que decorreu, em 1917, o interrogatório aos três pastorinhos de Fátima, levado a cabo pelo administrador do concelho, Artur de Oliveira Santos.